sexta-feira, 9 de julho de 2010

O jovem e a dança

     As primeiras manifestações de dança de rua surgiram durante a crise de 1929, nos EUA, quando músicos e dançarinos negros que trabalhavam nos cabarés, perderam seus empregos e foram às ruas fazer sua apresentações.
     No final da década de 1960 nos Estados Unidos a dança de rua foi ganhando força como forma de reação aos conflitos sociais e à violência sofrida pelas classes menos favorecidas da sociedade urbana.

     No Brasil, o movimento foi adotado, sobretudo, pelos jovens negros de cidades grandes, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Curitiba, como forma de discussão e protesto contra o preconceito racial, a miséria e a exclusão.
 
     O movimento dos jovens de desenvolver e expressar-se pela dança, não só é uma manifestação cultural rica, diversificada e eficaz na diminuição da pressão sofrida, especialmente por aqueles em situação de risco, que encontra na dança sua voz para protestar contra a violência, a discriminação e a desigualdade social, como também movimenta a economia, atraves de bens de consumo com grande aceitação no mercado, como músicas, apresentações de dança e camisetas com estampas de grafite, fornecendo alternativas àqueles que dele participam.
     De encontro à realidade e reconhecendo os descaminhos trilhados por muitos jovens, quando vemos um grupo nascer naturalmente dentro do conceito da dança e, sem perceber, trabalhar os valores sociais como condição para o crescimento do grupo, podemos acreditar que uma atividade artistica que existe desde sempre pode ser o caminho para resgatar a auto-estima, afastar das praticas ilícitas, especialmente das drogas, trabalhar o senso de responsabilidade e a importância social dos participantes, estimulando à disciplina e o respeito à comunidade, visando o resgate da cidadania e da dignidade de cada um como pessoa humana.
 
Clayton Francisco Quintiliano - Grupo HU-MANOS

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